Um castelo de R$ 25 milhões e a dobradinha Michel Temer e José Sarney no comando das atividades no Congresso Nacional talvez sejam as principais notícias do Brasil da última semana. Até mesmo o Big Brother Brasil 9 tem tomado grande parte dos programas de tv. Mas, nesse domingo foi a vez do Faustão conseguir prender alguns minutinhos de minha atenção. Li uma entrevista do diretor Daniel Filho, na Revista Isto É dessa semana e lá pelas tantas ele conta uma conversa que teve com a mãe enquanto assistia uma novela na extinta Rede Manchete. O comentário dela foi: "que novela ruim"; ele perguntou: "mas mãe, se é ruim por que a senhora ainda assisti?" Ela respondeu: "Quero ver até onde eles vão chegar". E, foi com esse pensamento que assisti o programa do Fausto Silva no último domingo (8). A personagem da vez era Suzana Viera. Sim, personagem, porque é dessa forma que ela se vê. Personagem/ vítima de uma história de horrores. Mas, se não bastasse a novela mexicana que se tornou toda história de amor dela com o ex-policial (e tantas coisas mais, além de ex-marido de Suzana Vieira), Marcelo Silva.
Estava assistindo um filme na tv por assinatura e resolvi sapear pelos canais da tv aberta (não me pergunte o motivo). SBT estava com o Gugu, que já não é mais o mesmo há anos, a Tv Record transmitia os argumentos do Deputado Edmar Moreira (DEM-MG) a respeito do seu patrimônio com 35 suítes e oito torres. Sim, sim, o castelo de R$ 25 milhões que falei no início. E na Globo, mais um circo de argumentos, dessa vez com uma das divãs da tv brasileira, tão aplaudida, tão querida e tão exposta nos últimos tempos ou até mesmo nos últimos anos. Não bastou as capas de revistas semanais e uma entrevista nas páginas amarelas da Veja, ela queria mais, muito mais e, lá estava ela, corte de cabelo novo, um vestido longo branco e uma emoção inundando o palco do programa. Quem prestou bastante atenção, podia ver as dançarinas enxugando as lágrimas ao fundo. Um excesso de "eu te amo Faustão", "eu te amo Renata Sorrah, Marília Pêra, Maitê Proença, etc, etc". Há tempo que não assistia o programa, mas achei que foi exagerado o bastante para fazer o mesmo que a mãe de Daniel Filho: "quero saber até onde eles vão com isso".
Assisti a entrevista toda. Não consigo descrever os excessos. Maitê Proença começou com um discurso muito legal, ela sabe usar as palavras, mas quando lembrou que foi filha de Susana numa novela e fez uma pergunta idiota para uma pessoa tão culta e inteligente como ela: "se chega um momento em que paramos de amar". Quando vi isso não acreditei. Pensei: "meu Deus, a produção do Faustão poderia ter preenchido esse tempo com coisa mais produtiva". Enfim, não cabe a mim o papel de produtora agora.
A questão é que entendi o motivo da ida dela: DESABAFO, DESESPERO em dizer: "estou bem, superei". Mas, não precisava disso tudo né? O colunista Márcio Alemão, de São Paulo, do Terra, disse uma coisa bem certa, um "festival de elogios seguido de lamúrias e auto-defesa no melhor estilo dramalhão mexicano de quinta categoria". Talvez se tivessem feito perguntas ao pessoal nas ruas, teria sido bem mais interessante do que a rasgação de seda entre as atrizes. Mas, alguém salvou, o pai de Susana, num discurso sincero disse coisas que só um pai mesmo para ouvir. Só que Susana queria mais, ela queria sair do programa com a visita do pai e ramalhetes de flores. Só que alguém tinha que contar pra ela que ali era o Domingão do Faustão e não a Porta da Esperança. Uma mulher tão inteligente, sabia que o pai não tinha ido, precisava repetir duas ou três vezes a mesma coisa?
TERAPIA – Não quero aqui entrar no mérito da terapia de Susana, porque sei que esse é um procedimento longo e muitas vezes doloroso para o paciente. Respeito. Entendo que ela precise do carinho do público, da aceitação das pessoas, mas poderia fazer isso de uma forma menos dramática. Ela no ensaio da escola de samba que vai sair no carnaval, estava bonita, alegre, simpática e é assim que gostamos de vê-la. Mas, ela sempre quer mais, muito mais. Também não é meu papel dizer que o que aconteceu é certo ou errado, mas o excesso de exposição dos fatos, da vida, da intimidade, me deixaram perplexa. Gosto do trabalho dela como atriz, mas seria bem mais interessante se o excesso viesse no palco, numa novela e no carnaval.
Um comentário:
É isso amiga.
Quase nunca assisto ao faustão e por coincidência ví essa entrevista.
Achei um absurdo realemnete aquela pergunta da Maitê!
Fora que sentir da parte delas uma leve "rincha".
Sei lá.
Foi estranho.
Bjinhus!!!
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